quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Literatura de Cordel
http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/Literatura de Cordel é uma modalidade impressa de poesia, que já foi muito estigmatizada mas hoje em dia é bem aceita e respeitada, tendo, inclusive, uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel, mas ainda não foi dessa vez.
A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos.
Assim como muitos itens dos que compõem a nossa cultura, a literatura de cordel tem influência Portuguesa. Os autores das poesias se denominam trovadores e geralmente quando as declamam são acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam.
Este tipo de literatura marcou também a cultura francesa, espanhola e portuguesa, através dos trovadores. Estes eram artistas populares que compunham e apresentavam poesias acompanhadas de viola e muitas vezes com melodia. Se apresentavam para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor, etc. Assim como no trovadorismo, movimento literário que abriga essa prática, hoje é a literatura de cordel. Até mesmo as competições entre dois trovadores, com suas violas, é presenciada hoje por nós e já foi muito praticada nos três países citados, especialmente em Portugal.
No Brasil prevalece a produção poética, mas em outros locais nota-se a forte presença da prosa. A forma mais freqüentemente utilizada é a redondilha maior, ou seja, o verso de sete sílabas poéticas. A estrofe mais comum é a de seis versos, chamada sextilha. E o esquema de rimas mais comum é ABCBDB.
Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico, que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao mesmo tempo que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Uma outra característica é o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas “engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor, relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas, cidades, regiões, etc.
Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a idéia proposta.
Ai! Se sêsse!...
Autor: Zé da Luz
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
FIM
A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos.
Assim como muitos itens dos que compõem a nossa cultura, a literatura de cordel tem influência Portuguesa. Os autores das poesias se denominam trovadores e geralmente quando as declamam são acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam.
Este tipo de literatura marcou também a cultura francesa, espanhola e portuguesa, através dos trovadores. Estes eram artistas populares que compunham e apresentavam poesias acompanhadas de viola e muitas vezes com melodia. Se apresentavam para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor, etc. Assim como no trovadorismo, movimento literário que abriga essa prática, hoje é a literatura de cordel. Até mesmo as competições entre dois trovadores, com suas violas, é presenciada hoje por nós e já foi muito praticada nos três países citados, especialmente em Portugal.
No Brasil prevalece a produção poética, mas em outros locais nota-se a forte presença da prosa. A forma mais freqüentemente utilizada é a redondilha maior, ou seja, o verso de sete sílabas poéticas. A estrofe mais comum é a de seis versos, chamada sextilha. E o esquema de rimas mais comum é ABCBDB.
Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico, que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao mesmo tempo que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Uma outra característica é o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas “engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor, relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas, cidades, regiões, etc.
Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a idéia proposta.
Ai! Se sêsse!...
Autor: Zé da Luz
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
FIM
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
O xote
O xote é uma cadência musical que tem como ancestral uma dança de salão portuguesa. Este ritmo nasce, porém, na Alemanha, originalmente intitulado Schottisch, termo alemão que traduzido tem o sentido de ‘escocesa’, embora não guardenenhuma relação com a Escócia. Ao criarem esta expressão, os alemães se referiam à polca escocesa, da maneira como era vista por este povo.
Esta dança parece ter desembarcado em solo brasileiro em 1851, na bagagem de José Maria Toussaint. A princípio ela era difundida entre os aristocratas que viviam durante o Segundo Reinado. Mas logo os escravos se afeiçoaram a este ritmo, observando a coreografia e adaptando-a aos seus próprios gingados.
Não demorou muito para que o Schottisch se transformasse no ‘xótis’ e depois no ‘xote’. Assim que os negros instituíram a Irmandade de São Benedito, este bailado tornou-se símbolo dos Bragantinos.
O xote foi aos poucos se distanciando dos elementos originais do Schottisch, pois os antigos escravos imprimiram a esta dança sua flexibilidade sem igual, seus giros e movimentos corporais, que conferem aos que o dançam uma maior vivacidade.
Atualmente este ritmo se tornou mais adaptável e é, assim, localizado tanto nos forrós que grassam no Nordeste brasileiro, quanto na região Sul, constituindo o xote gaúcho. Ele também se encontra mesclado a outros ritmos da América Latina, como a salsa, a rumba e o mambo, e é uma dascadências mais executadas e dançadas no Brasil.
Esta dança parece ter desembarcado em solo brasileiro em 1851, na bagagem de José Maria Toussaint. A princípio ela era difundida entre os aristocratas que viviam durante o Segundo Reinado. Mas logo os escravos se afeiçoaram a este ritmo, observando a coreografia e adaptando-a aos seus próprios gingados.
Não demorou muito para que o Schottisch se transformasse no ‘xótis’ e depois no ‘xote’. Assim que os negros instituíram a Irmandade de São Benedito, este bailado tornou-se símbolo dos Bragantinos.
O xote foi aos poucos se distanciando dos elementos originais do Schottisch, pois os antigos escravos imprimiram a esta dança sua flexibilidade sem igual, seus giros e movimentos corporais, que conferem aos que o dançam uma maior vivacidade.
Atualmente este ritmo se tornou mais adaptável e é, assim, localizado tanto nos forrós que grassam no Nordeste brasileiro, quanto na região Sul, constituindo o xote gaúcho. Ele também se encontra mesclado a outros ritmos da América Latina, como a salsa, a rumba e o mambo, e é uma dascadências mais executadas e dançadas no Brasil.
Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira
Escola de samba carioca fundada em 28 de abril de 1928, no morro da Mangueira. O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira se orgulha de ter como fundadores; Carlos Cachaça, Cartola e Zé Espinguela.
Antes da fundação da escola, no morro da Mangueira já haviam cordões de carnaval, dentre os quais se destacavam "Guerreiros da Montanha" e "Trunfos da Mangueira". Além dos cordões, haviam os ranchos que permitiam a participação das mulheres nos cortejos, o uso de alegorias, enredos e porta estandarte. Na história do carnaval carioca, foi a primeira a manter uma única marcação do surdo de primeira na bateria.
No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos. A escola possui em sua história, 18 títulos e um supercampeonato conquistado no ano da inauguração do Sambódromo em 1984. O cantor Jamelão, que não gostava de ser chamado de puxador, foi o intérprete dos sambas da escola de 1949 a 2006. Uma das mais antigas (embora não a primeira) das escolas de samba do Rio.
Antes da fundação da escola, no morro da Mangueira já haviam cordões de carnaval, dentre os quais se destacavam "Guerreiros da Montanha" e "Trunfos da Mangueira". Além dos cordões, haviam os ranchos que permitiam a participação das mulheres nos cortejos, o uso de alegorias, enredos e porta estandarte. Na história do carnaval carioca, foi a primeira a manter uma única marcação do surdo de primeira na bateria.
No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos. A escola possui em sua história, 18 títulos e um supercampeonato conquistado no ano da inauguração do Sambódromo em 1984. O cantor Jamelão, que não gostava de ser chamado de puxador, foi o intérprete dos sambas da escola de 1949 a 2006. Uma das mais antigas (embora não a primeira) das escolas de samba do Rio.
Beija-Flor
Beija-Flor é uma ave tropical e presente em algumas regiões do Rio de Janeiro. A escola tem seu nome inspirado no Rancho Beija-flor que existia na cidade de Valença-RJ. A idéia nasceu com um grupo de amigos, no entanto o nome foi proposto por D. Eulália, mãe de um deles. A escola situa-se fora do município do Rio (em Nilópolis, um município da região metropolitana), atualmente uma da maiores escolas de samba do Rio de Janeiro.
Alcançou a fama de ser uma das melhores escolas de samba por ter sido 12 vezes campeã. Foi a primeira a possuir uma combinação de uma gestão artística e organizada, excepcional e incomparável com a forte determinação de vencer. Pioneira em possuir uma equipe de carnavalescos em sua comissão de carnaval, enquanto a maioria das outras escolas só tem um.
É uma das escolas que impõe regras rígidas com uma das mais altas expectativas de desempenho por parte de seus desfilantes. Ela começou sua recente série vencedora em 1976 e venceu novamente em 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008. Se não foi campeã, chegou pelo menos perto de vencer em todos os últimos anos. É bem conhecida por sua extravagância criativa e cores fortes.
Alcançou a fama de ser uma das melhores escolas de samba por ter sido 12 vezes campeã. Foi a primeira a possuir uma combinação de uma gestão artística e organizada, excepcional e incomparável com a forte determinação de vencer. Pioneira em possuir uma equipe de carnavalescos em sua comissão de carnaval, enquanto a maioria das outras escolas só tem um.
É uma das escolas que impõe regras rígidas com uma das mais altas expectativas de desempenho por parte de seus desfilantes. Ela começou sua recente série vencedora em 1976 e venceu novamente em 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008. Se não foi campeã, chegou pelo menos perto de vencer em todos os últimos anos. É bem conhecida por sua extravagância criativa e cores fortes.
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PORTELA
Uma das mais antigas escolas do Rio de Janeiro, a Portela nasceu no bairro de Madureira, a partir do bloco Vai Como Pode. É uma das escolas que participaram do primeiro desfile oficial do Rio. A Portela é também a única escola a ter participado de todos os desfiles desde então e acumula o maior número de títulos (21).
A PORTELA foi a campeã do primeiro desfile oficial do carnaval carioca, no ano de 1935. E nesse ano, trouxe para a avenida um rústico globo terrestre idealizado por Antônio Caetano, introduzindo, assim, as alegorias nos desfiles das escolas de samba.
Foi a escola que introduziu nos desfiles a Comissão de Frente e, foi também a primeira escola a trazer uma comissão de frente uniformizada, por iniciativa de "Candeia Velho", nome pelo qual ficou conhecido o antigo portelense Antônio Candeia após o sucesso do filho com o mesmo nome.
Foi a primeira escola a usar cordas para organizar os desfiles. Inúmeros portelenses, hoje bastante consagrados, deram seus primeiros passos no mundo do samba segurando essas famosas cordas.
Em 2008, a escola ficou em 4º lugar no Carnaval carioca. No ano seguinte, 2009, a Portela ficou em 3º lugar, apenas um décimo atrás da segunda colocada, Beija-Flor. Abordando a violência do Rio, a escola ficou com o 8º lugar em 2010 com o enredo "Derrubando Fronteiras, Conquistando a Liberdade… Um Rio de Paz em Estado de Graça!".
A PORTELA foi a campeã do primeiro desfile oficial do carnaval carioca, no ano de 1935. E nesse ano, trouxe para a avenida um rústico globo terrestre idealizado por Antônio Caetano, introduzindo, assim, as alegorias nos desfiles das escolas de samba.
Foi a escola que introduziu nos desfiles a Comissão de Frente e, foi também a primeira escola a trazer uma comissão de frente uniformizada, por iniciativa de "Candeia Velho", nome pelo qual ficou conhecido o antigo portelense Antônio Candeia após o sucesso do filho com o mesmo nome.
Foi a primeira escola a usar cordas para organizar os desfiles. Inúmeros portelenses, hoje bastante consagrados, deram seus primeiros passos no mundo do samba segurando essas famosas cordas.
Em 2008, a escola ficou em 4º lugar no Carnaval carioca. No ano seguinte, 2009, a Portela ficou em 3º lugar, apenas um décimo atrás da segunda colocada, Beija-Flor. Abordando a violência do Rio, a escola ficou com o 8º lugar em 2010 com o enredo "Derrubando Fronteiras, Conquistando a Liberdade… Um Rio de Paz em Estado de Graça!".
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Samba
O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais ricos do mundo"
Boi Caprichoso
O Caprichoso representa a paixão, o amor incondicional de seus torcedores, fiéis apaixonados que para ver seu boi amado durante as três noites de festival, chegam sempre muito cedo ao bumbódromo, como é chamado o local aonde é realizado o festival, e lá permanecem incansáveis, durante todo o dia, enfrentando sol e chuva, só para, com muita alegria, ver realizado o trabalho de um ano inteiro.
Sim, pois durante o ano inteiro, o Caprichoso se prepara para três noites de magia, mostrando as lendas, os rituais dos povos da Floresta. Superando a cada ano, a apresentação do ano anterior, sobretudo no que se refere à criatividade e ousadia do artista parintinense, tornando assim o Festival de Parintins em um dos maiores espetáculos do planeta
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Boi-Bumbá Garantido
Boi vermelho e branco, o Garantido, boi-bumbá que disputa todos os anos contra o boi Caprichoso a consagragação no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, tem uma história muito curiosa. Entenda:Lindolfo Monteverde ouvia muitas estórias do seu avô, ex-escravo de origem maranhense. Uma delas era a de um boi que dançava para divertir adultos e crianças. O boi era feito da carcaça (caveira) de uma rês morta, coberta com tecido. O corpo do boi terminava numa barra de tecido e a pessoa que fazia o boi dançar era chamada “tripa”.Além disso, havia toda uma história sobre o roubo da língua do boi que incluía o Pai Francisco, Mãe Catirina, o amo do boi e outras figuras. Era o ritual do boi.Lindolfo fundou o boi-bumbá Garantido com a vontade de seguir a brincadeira que seu avô lhe ensinara, em 12 de junho de 1913, véspera do dia de Santo Antônio.O que começou como brincadeira junina, ficou mais séria quando, ao servir no Exército.
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Boi CaprichosoXBoi Garantido
Histórias dos Bois está ligada a promessas a São João Batista
Conta-se que o Bumbá Garantido, isto é, a metade “vermelha” do município de Parintins, teve Lindolfo Monteverde como fundador do “Boi” Garantido. Ainda menino, gostava de ouvir as histórias que sua avó contava. A que mais lhe encantava, eram as lendas do boi de pano que dançava nas noites de São João.
A história permaneceu na imaginação de Lindolfo Monteverde, de tal forma, que ele viria a criaruma armação, cobrindo-a com um pano e saindo às ruas, brincando com o seu “Boi Bumbá”. Isso teria acontecido, há muitos anos, na cidade de Parintins.
No exército, Lindolfo adoeceu gravemente. Para recuperar a saúde, fez uma promessa a São João Batista que, se voltasse a ficar bom, seu “Boi” jamais deixaria de sair às ruas, pelo tempo que ele vivesse. Ele se recuperou e todos os anos, até os dias de hoje, os torcedores do “Boi” se reúnem para rezar e festejar.
O Boi Garantido foi criado branco com o coração vermelho. O nome, Garantido, tem algumas versões para justificá-lo. Uma delas deriva das primeiras brigas entre os “brincantes” (torcedores) de ambos os “Bois”. O chifre do “Boi contrário” cai e Lindolfo, como bom repentista que era, entoa as palavras: “nosso Boi sempre sai inteiro. Isso é Garantido!”. A outra versão parte de outro repentista, que desafia: “Este ano, se cuide, que eu vou caprichar no meu “Boi”. Lindolfo então retruca: “Pois capriche no seu, que eu “garanto” o meu!”
Já no lado azul do município existe o Bumbá Caprichoso, nascido em outubro de 1913, criado pelos irmãos Cid, que mudaram para Parintins com a esperança de começarem uma vida nova.
http://www.portalpower.com.br/noticias/boi-garantido-x-boi-caprichoso/A coincidência entre os dois “Bois” acontece na promessa. Na ocasião, os irmãos fizeram também as suas a São João Batista. E tiveram seus desejos realizados. E então cumpriram o prometido: ofereceram um “Boi”, feito de pano, ao santo.
Jose Furtado Belém, advogado que teria feito carreira política em Parintins, tinha tido a oportunidade de conhecer a dança do “Boi” quando estivera em visita a Manaus. Ao encontrar-se com os três irmãos da família Cid e saber sobre “Boi”, gostou da idéia e, juntos criariam o “Boi” Galante. Mas foi só em 1925 que um grupo de pessoas se reuniu com o objetivo de fundar um “Boi Bumbá”. Um dos presentes, o Coronel João Meireles, teria sugerido colocar o nome de Caprichoso – “Boi” que teria visto em Manaus, do qual o coronel seria fã.
O nome Caprichoso teria um significado intrínseco a ele, isto é, pessoas cheias de capricho, trabalho e honestidade. O sufixo “oso”, significando provido ou cheio de. Quando somados, “capricho” mais “oso”, poder-se-ia dizer que é extravagante e primoroso em sua arte.
O “Boi” Caprichoso contava, inicialmente, com uma marujada, como eram chamados os integrantes da batucada, de 20 pessoas. Os símbolos da Marujada eram: a Estrela Maior, o Amo e A Vaquejada. Surge então, o símbolo do Caprichoso: a estrela azul.
Carimbó
O Carimbó é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à cultura africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de Portugal, como o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos da coreografia. Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou seja, curimbó, como inicialmente era conhecido este ritmo. Gradualmente o termo foi evoluindo para carimbó.
Esta dança teve sua origem no território de Belém, mais precisamente na área do Salgado, composta por Marapanim, Curuçá e Algodoal; e também se disseminou pela Ilha de Marajó, onde era cultivada pelos pescadores. Acredita-se que o Carimbó navegou pela baía de Guajará, pelas mãos dos marajoaras, desembarcando nas areias do Pará, justamente nas praias do Salgado. Não se sabe exactamente em que ponto desta região ele tomou forma e se consolidou, embora Marapanim clame pela paternidade desta coreografia, editando anualmente o famoso Festival de Carimbó .
Maculelê Dança dos capoeira
O Maculelê é uma dança, um jogo de bastões remanescente dos antigos índios cucumbis. Esta “dança de porrete” tem origem Afro-indígena, pois foi trazida pelos negros da África para o Brasil e aí foi misturada com alguma coisa da cultura dos índios que aqui já viviam.
A característica principal desta dança é a batida dos porretes uns contra os outros em determinados trechos da música que é cantada e acompanhada pela forte batida do atabaque. Esta batida é feita quando, no final de cada frase da música, os dois dançarinos cruzam os porretes batendo-os dois a dois.
Os passos da dança se assemelham muito aos do frevo pernambucano, são saltos, agachamentos, cruzadas de pernas, etc. As batidas não cobrem apenas os intervalos do canto, elas dão ritmo fundamental para a execução de muitos trejeitos de corpo dos dançarinos.
Se formos olhar pelo lado de que maculelê é a dança do canavial, teremos um outro conceito que diria ser esta uma dança que os escravos praticavam no meio dos canaviais, com cepos de cana nas mãos para extravasar todo o ódio que sentiam pelas atrocidades dos feitores. Eles diziam que era dança, mas na verdade era mais uma forma de luta contra os horrores da escravidão e do cativeiro. Os cepos de cana substituíam as armas que eles não podiam ter e/ou pedaços de pau que por ventura não encontrassem na hora.
Enquanto “brincavam” com os cepos de cana no meio do canavial, os negros cantavam músicas que evidenciavam o ódio. Eles cantavam-nas nos dialectos que trouxeram da África para que os feitores não entendessem o sentido das palavras. O maculelê pode ser feito com porretes de pau ou facas, mas, alguns grupos praticam o maculelê com tochas de fogo ou “tições” retirados na hora de uma fogueira que também fica no meio da roda junto com os dançarinos.
Actualmente a dança do maculelê é praticada para ser admirada. É parte certa na apresentação de grupos de capoeira. (texto retirado daqui)
O ritmo é alucinante! Vale muito a pena ver, cantar batendo os paus e tentar aprender, porque não?
Sou eu, sou eu …
sou eu maculelê, sou eu …”
Ô … boa noite prá quem é de boa noite
Ô … bom dia prá quem é bom dia
A bênção meu papai a bênção
Maculelê é o rei da valentia …
A característica principal desta dança é a batida dos porretes uns contra os outros em determinados trechos da música que é cantada e acompanhada pela forte batida do atabaque. Esta batida é feita quando, no final de cada frase da música, os dois dançarinos cruzam os porretes batendo-os dois a dois.
Os passos da dança se assemelham muito aos do frevo pernambucano, são saltos, agachamentos, cruzadas de pernas, etc. As batidas não cobrem apenas os intervalos do canto, elas dão ritmo fundamental para a execução de muitos trejeitos de corpo dos dançarinos.
Se formos olhar pelo lado de que maculelê é a dança do canavial, teremos um outro conceito que diria ser esta uma dança que os escravos praticavam no meio dos canaviais, com cepos de cana nas mãos para extravasar todo o ódio que sentiam pelas atrocidades dos feitores. Eles diziam que era dança, mas na verdade era mais uma forma de luta contra os horrores da escravidão e do cativeiro. Os cepos de cana substituíam as armas que eles não podiam ter e/ou pedaços de pau que por ventura não encontrassem na hora.
Enquanto “brincavam” com os cepos de cana no meio do canavial, os negros cantavam músicas que evidenciavam o ódio. Eles cantavam-nas nos dialectos que trouxeram da África para que os feitores não entendessem o sentido das palavras. O maculelê pode ser feito com porretes de pau ou facas, mas, alguns grupos praticam o maculelê com tochas de fogo ou “tições” retirados na hora de uma fogueira que também fica no meio da roda junto com os dançarinos.
Actualmente a dança do maculelê é praticada para ser admirada. É parte certa na apresentação de grupos de capoeira. (texto retirado daqui)
O ritmo é alucinante! Vale muito a pena ver, cantar batendo os paus e tentar aprender, porque não?
Sou eu, sou eu …
sou eu maculelê, sou eu …”
Ô … boa noite prá quem é de boa noite
Ô … bom dia prá quem é bom dia
A bênção meu papai a bênção
Maculelê é o rei da valentia …
Xaxado
Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço". É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.
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Cateretê
Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.
Maracatú
O maracatú tem origem africana, baseado nas cerimônias de coroação dos reis do Congo. O ritmo é marcado apenas com percussão, produzindo aquilo que chamam de "baque virado", o qual instiga à dança. No início, a tradição se deu pela necessidade que os chefes tribais vindos do Congo e Angola tinham de mostrar sua força e poder, mesmo com a escravidão. Foi símbolo da resistência negra no Brasil contra a dominação portuguesa, passando com o tempo a ser incorporado à cultura brasileira. Actualmente o maracatú, entre outras manifestações populares, fazem parte do carnaval pernambucano.
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domingo, 28 de dezembro de 2014
Principais ritmos brasileiros e suas origens
Os ritmos musicais brasileiros fazem parte da cultura dos povos, fazendo com que o Brasil seja um país muito rico em suas origens. O Brasil é um país rico em principais ritmos musicais que foram criados pelos povos antigos brasileiros e que têm uma enorme repercussão no país e no mundo até os dias de hoje através de suas principais origens, fazendo com que cada geração levasse adiante os ensinamentos e origens musicais que tiveram. Toda essa mistura de ritmos faz com que o Brasil tenha uma cultura muito rica e diversificada entre suas diversas origens. Esses gêneros foram influenciados por muitos ritmos e principais culturas de cada região brasileira. Conheça um pouco mais os ritmos brasileiros e suas origens.
A cultura rítmica brasileira é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus. Os costumes e tradições muitas vezes variam de estado para estado. O Bumba-meu-boi, ocorre em todo o Nordeste com variações significativas de nome, adereços, músicas, ritmo, dança.O Frevo está mais Pernambuco (Recife, Olinda). Na Bahia (Salvador) atraem milhões de pessoas nesse período e o ritmo é o Axé e Forró.Na Paraíba , curiosamente o carnaval é comemorado uma semana antes da data convencional, tanto que os pessoenses não falam em quarta-feira de cinzas, mas sim em quarta-feira de fogo e o rítmo é o forró.Vários gêneros surgiram no Nordeste ao longo dos anos.Luiz Gonzaga foi o precursor do baião ritmo que ao lado de outros como xote, xaxado e côco fazem parte do chamado forró. O Maranhão possui grande diversidade de ritmos, como: Tambor de Crioula, Tambor de Mina, Tambor de Taboca, Tambor de Caroço, os quatro sotaques do bumba-meu-boi, além de ser um dos principais redutos brasileiros do reggae.A Catira também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. A região Sul tem uma diversidade muito bacana, com ritmos muito legais que foi um ponto muito forte, com grande influência da música latina, entre os principais estão o xote , chamamé , bugio , milonga entre outros. O maxixe foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro. Por volta de 1875, estendendo-se mais tarde aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista. Os homens de classes mais privilegiadas freqüentavam esses bailes e gafieiras, em busca da sensualidade das danças africanas. Entre vários ritmos espalhados pelo Brasil estão : baiano/ baião-de pares ; bambelo ou coco-de zambê-de roda bate-baú-de roda ; batuque-de-fileira ; calango-de-pares ; carimbó-de-roda ; caxambu-roda ; frevo-individual ; jongo-de-roda ; lundu-de-pares ; macunlelê-de-fileira ; mineiro-pau-de-pares ; pagode de amarante de fileira ; partido-alto-de-roda ; samba-de-roda ; tambor-de-crioula-de-roda ; carimbó, caiapó , pericom , chula , marabaixo , batuque , coco , lundu , congada , etc e etc - /ac/
A cultura rítmica brasileira é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus. Os costumes e tradições muitas vezes variam de estado para estado. O Bumba-meu-boi, ocorre em todo o Nordeste com variações significativas de nome, adereços, músicas, ritmo, dança.O Frevo está mais Pernambuco (Recife, Olinda). Na Bahia (Salvador) atraem milhões de pessoas nesse período e o ritmo é o Axé e Forró.Na Paraíba , curiosamente o carnaval é comemorado uma semana antes da data convencional, tanto que os pessoenses não falam em quarta-feira de cinzas, mas sim em quarta-feira de fogo e o rítmo é o forró.Vários gêneros surgiram no Nordeste ao longo dos anos.Luiz Gonzaga foi o precursor do baião ritmo que ao lado de outros como xote, xaxado e côco fazem parte do chamado forró. O Maranhão possui grande diversidade de ritmos, como: Tambor de Crioula, Tambor de Mina, Tambor de Taboca, Tambor de Caroço, os quatro sotaques do bumba-meu-boi, além de ser um dos principais redutos brasileiros do reggae.A Catira também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. A região Sul tem uma diversidade muito bacana, com ritmos muito legais que foi um ponto muito forte, com grande influência da música latina, entre os principais estão o xote , chamamé , bugio , milonga entre outros. O maxixe foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro. Por volta de 1875, estendendo-se mais tarde aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista. Os homens de classes mais privilegiadas freqüentavam esses bailes e gafieiras, em busca da sensualidade das danças africanas. Entre vários ritmos espalhados pelo Brasil estão : baiano/ baião-de pares ; bambelo ou coco-de zambê-de roda bate-baú-de roda ; batuque-de-fileira ; calango-de-pares ; carimbó-de-roda ; caxambu-roda ; frevo-individual ; jongo-de-roda ; lundu-de-pares ; macunlelê-de-fileira ; mineiro-pau-de-pares ; pagode de amarante de fileira ; partido-alto-de-roda ; samba-de-roda ; tambor-de-crioula-de-roda ; carimbó, caiapó , pericom , chula , marabaixo , batuque , coco , lundu , congada , etc e etc - /ac/
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